FEMINISMO

FEMINISMO 2ª PARTE
Conseguimos....E agora?

Alguns leitores, e mesmo mulheres com quem converso, questionam o fato de que conhecem várias mulheres que não trabalham fora, mas têm casas sujas, são relaxadas com elas mesmas, deixam seus filhos horas e horas em frente à TV ou vídeo game, são incapazes de preparar uma boa comida  e falam ao telefone ou assistem TV o dia todo. E que também conhecem aquelas que trabalham fora, mas que conseguem ter paciência e atenção para com as suas famílias, são mulheres práticas, com muita energia e que mantém tudo no lugar.
Em primeiro lugar, só o fato de a mãe ficar em casa não a torna automaticamente melhor do que as mães que trabalham fora de casa. Só que ela tem mais chances e uma excelente oportunidade para ser e fazer o melhor. E sabemos que o melhor é a mãe ficar em casa, pelo menos enquanto as crianças são pequenas (embora eu acredite que o ideal seria a mãe dedicar-se unicamente à família – afinal, o que será verdadeiramente precioso, o que vai importar, quando nos aproximarmos do inverno dos nossos dias?). Se a mãe fica em casa, mas não tem visão, não tem disciplina, nenhum objetivo de lutar pela família, ela acaba por cair em hábitos de preguiça, auto-indulgência e egoísmo. E isso, tristemente, também é muito comum.
Infelizmente, a decisão de ser uma excelente mãe, dona de casa, esposa e mulher contextualizada não é algo que cai do céu ou que nasce junto com a fofinha menina na maternidade. Não! É escolha! Ou deveria ser uma escolha consciente, pensada, trabalhada e decidida de forma madura. Não é acidente, gente!  Como muitas mulheres podem pensar, ou  sina, ou “eu fui criada assim”. Além disso, se ela não teve preparo e lamenta profundamente “ter que ficar em casa” porque não sabe fazer outra coisa “melhor” e se, somado a isso, enfrenta o preconceito – sim, é isso mesmo, preconceito! – de que a mulher dona de casa pertence a uma classe inferior, será muito difícil para ela se motivar a ter um núcleo familiar saudável, divertido, organizado, produtivo, acolhedor,  e  que a torne feliz e faça aos outros felizes também.
Relegada a um segundo, terceiro ou até mesmo quarto plano, sem qualquer incentivo e reconhecimento, a mulher não amadurecida permanece despreparada e infeliz. Você já reparou que não existem incentivos governamentais para a dona de casa? Não existem cursos gratuitos de gastronomia, organização, primeiros socorros, decoração, bricolagem, economia doméstica e outros pertinentes, voltados para a mulher dona de casa? Não existem benefícios, como aposentadoria, por exemplo. Aquilo que o governo deveria mais cuidar, pois a família é, sim, a base da sociedade, o lar é o local em que o futuro do País é desenvolvido e o bom caráter formado e firmado, é o aspecto mais negligenciado. Uma criança criada num lar estruturado, consistente, seguro, com base educacional sólida e pais que se importam com cada aspecto de suas personalidades, é uma criança que irá contribuir de maneira excepcional para o País.
Outro dia vi uma reportagem em que um homem reclamava que quando chegava em casa, sua mulher – uma dona de casa – só sabia falar de casa e filhos. Fiquei pasma! Espera aí! Essa casa e esses filhos não eram dele? Não foi ele quem quis formar um lar? O que ele acha que ela deveria conversar com ele? Sobre a bolsa de valores? Tive vontade de gritar: “ô, meu filho, o que é que VOCÊ tem para dizer àquela que está ali, cuidando dos seus rebentos, dos seus terninhos bem passados e da comidinha gostosa que têm à mesa? Aliás, do que é que você gostaria de falar? Futebol?”
Percebe?  Muitos homens também se queixam da mulher dona de casa, porque não conseguem enxergar além de suas mentes obtusas que é ali que a sociedade está sendo construída. Que é ali para onde ele sempre vai voltar. Me poupe, não?

1 comentários:

Anônimo disse...

O feminismo é a luta pelos direitos da mulher. Inclui todas as mulheres, desde as que seguem carreiras às donas de casa. A feminista pode seguir uma carreira no governo, a feminista pode ficar em casa com os seus filhos.
Este problema não tem absolutamente nada haver com o feminismo, o problema que você fala é muito complexo, pode ter origem na globalização e no capitalismo. Mas não no feminismo.
Como feminista acredito que as donas de casas devem ser cada vez mais valorizadas e reconheço que infelizmente o movimento feminista muitas vezes não as compreende. Se a mulher quer ficar em casa sem dúvida deveria receber algum tipo de salário e ter as regalias que você propõe.
Recomendo-lhe a fazer uma pesquisa sobre a história do feminismo e a sociedade patriarcal e irá entender melhor o assunto.

Cumprimentos de Portugal.

 
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