FEMINISMO 5ª PARTE
Conseguimos....E agora?
CADÊ A MAMÃE?
É engraçado, porque quando observo moças recém-casadas, vejo o quanto se preocupam com o fato de poder ou não ter filhos. A esterilidade é algo assustador, não é mesmo? Quem tem dificuldade, procura os melhores médicos, faz testes e submete-se a dolorosos tratamentos para obter aquilo que mais desejam: ser mães. Até as que não têm problemas ficam ansiosas, esperando e torcendo para que o resultado da gravidez seja...positivo! E ao engravidarem, vejo que a alegria é imensa, pois o milagre da vida está se realizando. A mulher se sente plena, envolvida num mar de calor humano profundo. O marido sente-se totalmente homem, másculo e os cuidados com a grávida se intensificam, bem como o respeito. Olhares amorosos dirigem-se a ela e muitas pensam...felizarda! A alimentação é controlada, o marido dirige mais devagar, ajuda a mulher, o enxoval é formado com cuidado e o hospital escolhido a dedo. Então, o bebê tão desejado chega. E, não! Não vem com manual, não! Ao olharem o pequenino dormindo, marido e mulher se perguntam como podem amar tanto... O quarto é mantido imaculadamente limpo e esterilizado. Pessoas gripadas para visita? Nem pensar! Sons muito altos? Não, o bebê precisa de calma e tranquilidade. O amor parece que não cabe dentro do coração dos pais. Tudo de bom que papai e mamãe podem oferecer, o bebê tem.
Mas...espere! Cadê a mamãe?
Já se passaram os meses da licença maternidade (algumas até retornam antes) e a mamãe voltou a trabalhar. E o bebê? Bem, o bebê vai ter uma excelente babá. Ou vai ser acordado, vestido e alimentado às 6h30 da manhã para ir à creche ou escolinha. Quando dá, mamãe amamenta.
Bem, a babá não era tão excelente assim e com cinco ou seis meses o bebê já tem outra cuidando dele. Na creche ou berçario a mamãe confia. Afinal, pensa, não são preparados para isso? Será?
Mas...espere! Como é que aquele bebê tão esperado, tão desejado, tão cuidado, tão amado, foi parar na mão de estranhos? Como entender tanto amor e cuidado relegado há apenas algumas horas (ou minutos) por dia? Será mesmo que o bebê era tão desejado assim? Será que tudo o que o casal queria, até inconscientemente, não era dizer e mostrar: conseguimos! ?Estamos grávidos!
De bebê a criança, de criança a adolescente, de adolescente a jovem e mamãe sempre trabalhando. E muitos se perguntam: por que as famílias de hoje são tão desintegradas, desestruturadas? Porque tantos jovens alienados, sem valores, sem referencial de vida? Sei que algumas dirão: mas eu preciso trabalhar. Quero ter um padrão de vida melhor; que meu filho frequente os melhores colégios (colégio informa mas não forma!) e tenha de tudo. Talvez digam: mas eu estudei tanto! Eu quero seguir uma carreira. Quero me realizar. Aliás, alguém me explique o que é "se realizar". Quantas pessoas você conhece que se diz "realizada" em todos os sentidos? E à custa de quê?
E eu digo, tudo bem, estude, siga sua carreira, ENTÃO NÃO TENHA FILHOS POR ENQUANTO! Vá se "realizar" profissionalmente primeiro.
Então me dirão: então não teremos mais médicas, advogadas, executivas? Sim, teremos. Mas vá criar seus filhos primeiro. Tudo nesse mundo implica em escolha. E parece que as mulheres não entenderam isso ainda. Ninguém é "tripla persona" ao mesmo tempo. O feminismo foi o maior engano do Século XX. Não se pode servir a dois senhores ao mesmo tempo. Pois bem: o senhor trabalho e o senhor filhos pequenos não se encaixam. Não adianta! Não podem ser servidos - e bem, com excelência - ao mesmo tempo. Alguém ou algo vai sair perdendo. E adivinha, quem?
Criar um filho não significa agendar horário para estar junto, significa estar junto em todos os horários, sempre à disposição. É isso mesmo. Não adianta estrilar. Sempre à disposição, sim! Principalmente quando pequenos e indefesos. Por que não esperar até que estejam crescidos e bem firmados em seu caráter? Até que aprendam a diferenciar com clareza o bem do mal, e a escolher o melhor; até que aprendam que não se pode levar vantagem em tudo, que caráter, justiça, equidade e honestidade não se aprendem na escola?
Eu sei, como ex-executiva poderosa, o quanto o mercado de trabalho para a mulher é difícil. O quanto nos esgota, nos exaure completamente. Em qualquer posto, e na grande maioria das profissões, ela sempre ganhará menos e terá que mostrar o dobro da eficiência de um homem na mesma função. Vamos analisar sociologicamente: como a mulher, em quase todos os níveis de profissão é uma mão de obra mais barata, até obterá um trabalho com mais facilidade. Sem esquecer, insisto, que sua dedicação terá que ser sempre maior. Se a mulher então, se dedica muito mais, a empresa ganha, o mercado ganha, e a família perde miseravelmente. E tem mais...se observarmos que quase 51% da população economicamente ativa no Brasil é composta de mulheres, isso significa menos emprego para o homens, menos renda para a família, mais mulheres fora de casa e mais filhos sendo criados por sei lá quem.
Um aparte: nós nos preocupamos tanto com as amizades de nossos filhos lá fora, geralmente tarde demais, mas trazemos estranhos para casa para criá-los, ou os enviamos para alguma escola, também para estranhos criarem.
As crianças de hoje, está cientificamente comprovado, perderam referência. Referência do papel masculino e feminino, referência concreta de educação e vida em família e assim por diante. E seres sem referências são seres entregues a si mesmos. Perdidos.
Os problemas, inseguranças, medos e dores das crianças e adolescentes de hoje têm de ser adiados até o jantar ou, pior, até o final da semana. Mas a questão é que eles estão sofrendo ou precisando de ajuda AGORA, durante o dia, durante o horário de expediente, enquanto mamãe não está.
É nesse momento que podem ocorrer duas situações, dependendo da idade. Se crianças, choram para aqueles que jamais vão amá-los como um pai e uma mãe podem amar. Se adolescentes, vão para os coleguinhas sem qualquer estrutura, ou ainda buscar socorro nas drogas e expressar suas dores através da violência. Filhos de pais ausentes são filhos carentes.
Então não se perguntem por que essa geração é tão violenta, tão voltada às drogas, tão alienada. Ora, esta geração é filha dos anos 60, dessa faca de dois gumes chamada feminismo. Precisa dizer mais alguma coisa?
1 comentários:
Difícil comentar, dado o peso deste texto, um dos mais completos e, mais importante, consciente que li.
Apenas desejo contribuir para o entendimento do "preconceito". É preciso entender que as pessoas não devem enfrentar o preconceito, devem livrar-se do preconceito, pois não há "preconceituosos", mas "preconceitualizados". O que diriam se eu deixasse escapar que é quase inacreditável que esse texto nasceu da mente de uma mulher? Mas e se complementar dizendo que a maioria das mulheres não são capazes de produzir uma escrita tão abrangente sobre sua própria condição - a feminina.
Vejam, as pessoas não são preconceituosas, são preconceitualizadas. Trata-se de um processo dedicado a sua própria decadência (não das mulheres apenas, de todas as pessoas) e constitue apenas um dos passos para o mal social.
Como disse, difícil comentar um texto tão abrangente. Quem não aprendeu um pouquinho com ele deve apavorar-se.
Parabéns virtuosidade.
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