PEDRO LUCAS NA IGREJA

Pela primeira vez, levei meu netinho, Pedro Lucas, à Igreja, no Culto de domingo, pela manhã.
E devo confessar!
De início, me arrependi amargamente. Pelo menos enquanto estava lá.
Oh, céus! Que tortura!
Após cuidar dele durante os cinco dias da semana, e olha que não é fácil, pois ele é superativo, barulhento, não pára quieto um minuto sequer e está na fase em que tudo prá ele é: NÃO! EU NÃO QUERO! (seja comer, tomar banho ou qualquer outra coisa), tive que admitir que ele não tivesse a menor noção de que a Igreja é um lugar em que TODOS devem se comportar - pelo menos EU ACHAVA - só que as crianças que bem ou mal se comportam, são aquelas que "praticamente nasceram na Igreja".
Além do que, ele não ouviu uma palavra do sermão que fiz ANTES sobre comportamento.
E eu queria mantê-lo durante o Culto no Templo (embora exista um "Cultinho" para crianças) para que ele conhecesse a Casa do SENHOR.
Pois bem, foi uma hora da mais completa agonia e humilhação.
Assim que entrei, orei para que ele fosse bonzinho e o sermão curto.
Que engano! (Não o sermão, pois até que foi curto, nas ele NÃO FOI BONZINHO).
Minha Bíblia virou um caderno de desenho, o bichinho de pelúcia que levei se tornou um perfeito míssel a ser arremessado quatro ou cinco fileiras à frente, enfiou um lápis no nariz e berrou como se eu o estivesse espancando quando escondi o lápis.
E pior: prendeu o pezinho no vão da cadeira, gritando como um gato em agonia (e não foi nada), limpou o nariz na minha blusa, se recusou ir ao banheiro e queria porque queria cantar no microfone.
Tentei ficar no berçário, para pelo menos ouvir o sermão, mas ele tirou o brinquedo dos menores, fazendo-os chorar, e acabou por acordar os bebês que dormiam calmamente nos berços.
Fiquei esgotada, me sentindo envergonhada, e disse a mim mesma que nunca mais faria uma loucura dessas novamente.
Mas eu estava enganada. Valeu a pena. Valeu mesmo. Sabe por quê?
- os queridos amigos e irmãos disseram que ele não perturbou tanto assim (e eu acredito neles), e que se lembraram de quando eles mesmos eram crianças (isso me confortou);
- lembrei-me de que Deus nos ama e quer tanto eu quanto o Pedro Lucas na Sua casa;

- nosso Pastor, ao terminar o sermão, me disse algo que quase me fez chorar: "Deixe-o à vontade D. Vera. Aqui é a casa do PAI dele e ele precisa sentir que aqui não é um lugar chato, cheio de gente chata implicando com ele. O Pedro Lucas tem que se sentir muito bem aqui!". Deus o abençoe, Pastor Rondini!

- além disso, EU TENHO FÉ, DE QUE ESSAS MÃOZINHAS, QUE HOJE ARREMESSAM LÁPIS DE CERA, UM DIA IRÃO ESPALHAR AS SEMENTES DO REINO!!!

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