FEMINISMO

FEMINISMO 4ª PARTE
Conseguimos....E agora?

Sempre fico incomodada quando ouço o sucesso proclamado por mulheres que conciliaram vida familiar e carreira. Sou muito cética em relação ao uso da palavra "sucesso" nesses casos, pois é muito difícil medir esse "sucesso" e o preço que a família teve que pagar para a mamãe atingir os objetivos de uma carreira.
Quando esta questão é levantada, por exemplo, em entrevistas, e à mulher é perguntado como "ela fez tudo", frequentemente ouvimos respostas vagas, tais como: "eu tive todo o apoio da minha família" ou "eu não fazia bolos, por isso tive tempo". É só isso mesmo? 
Por que é que poucas estão dispostas a falar sobre o enorme estresse obtido com o difícil equilíbrio entre família  e carreira?  Ou sobre depois de quanto tempo elas tiveram que deixar seus bebês depois que nasceram?  Ou quando desistiram de amamentar e abrir mão dos muitos benefícios físicos e emocionais que vem com a amamentação.
Pessoas proclamam triunfantemente que fulana é uma cientista mundialmente famosa e também mãe de cinco filhos. Mas a que preço? Sim, ela teve cinco filhos, mas quanto tempo ela realmente gasta com eles, ou onde eles estão enquanto ela atende às necessidades dela?
Nós também não devemos esquecer que nem todos temos o mesmo brilho e energia. Nós não poderíamos todos ter o mesmo surpreendente sucesso profissional, mesmo que sejamos tão inteligentes quanto ela. Como as coisas estão no momento, a lógica parece ser: fazer algo fora de casa é muito mais digno do que buscar as coisas no lar e na família.
E o valor de uma esposa e mãe é cada vez mais medido pela sua renda.
Há sempre muito mais para se fazer em casa, e se alguém diz que não toma muito tempo, ou eles não estão cientes do que é realmente necessário, ou distorcem a verdade, enquanto que seria mais honesto admitir que escolher negligenciar alguns aspectos em favor de outros interesses está dentro do seu direito, porque, certamente, todos nós temos prioridades diferentes.
Cuidar das crianças, no entanto, é sem dúvida trabalho em tempo integral. As crianças não são janelas que podem ser deixadas sujas até que seja impossível ver através delas, nem poeira que pode se acumular debaixo de sofá durante anos.
As crianças tem que ser cuidadas - e muito bem - então, a única pergunta que permanece é POR QUEM? Pela mamãe, que é o estado normal, natural e desejável das coisas ou por um profissional que faz isso por dinheiro e não por amor? 
Cuidar de uma casa e de crianças é uma carreira. 
É demorado, difícil, digno e satisfatório. 
Uma mulher que trabalha fora de casa pode contribuir para o orçamento familiar se a sua renda é significativa comparada ao do marido, no entanto, há poucas famílias onde a suposta influência da renda adicional é muito grande, porque os gastos relacionados ao trabalho, como custo de creche, babás, um segundo veículo e muitas outras coisas mais como "Podemos fazê-lo, não? Afinal trabalhamos tão duro e merecemos luxos e viagens caras ao exterior" - também é muito grande.
Há muitas, muitas famílias onde teria sido muito melhor financeiramente, a longo prazo, entre outras considerações uma mãe em casa e uma renda gerida com prudência.

1 comentários:

Anônimo disse...

Oi amiga digamos que os caros maridos poderiam dividir as tarefas em casa não é mesmo? Em muitos países mulheres e homens dividem a limpeza, os filhos, a cozinha e todos se cansam de menos.

O homem que ajuda em casa para mim é um homem com H maiúscula até porque não só os direitos mas os deveres também tem que ser iguais e não esta escrito em nenhum lugar que limpeza se ja obrigação da mulher.

Em todo caso o seu blog é lindo mesmo!!

Paola martins

 
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