
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores, matam nosso cão,

Até que um dia, o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa.
Rouba-nos a luz e conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E porque nunca dissemos nada,
já não podemos dizer nada!
[...]" Maiakóvski
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